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quinta-feira, abril 16, 2015

Visão de um leigo (01) - Pouso complicado


Iniciando uma coluna do Blog, a 'Visão de um leigo' vai trazer, como já diz o nome, a visão de um leigo em relação a algum fato ocorrido na aviação. Além do ponto de vista dele, traremos também o ponto de vista de alguém que conhece um pouco mais de aviação (não estou falando de um expert ou de alguém que quer ensinar ou julgar alguém). O objetivo é somente nos divertirmos e a analisarmos os diferentes pontos de vista das pessoas em relação a aviação em geral!

#01 - Pouso Complicado

O ocorrido: Voo de Vitória para Congonhas, em um Boeing 737-800 da Gol. Decolagem e voo em cruzeiro tranquilos, até que chega a temida aproximação em SBSP. O avião foi perdendo altitude de forma brusca causando um tamanho desconforto nos passageiros, e quando já estava quase chegando a cabeceira, a mais ou menos na altura de um prédio de 15 andares, para a surpresa de todos o avião acelerou, ganhou muita velocidade e começou a balançar bastante, e no momento do pouso, a já esperada "pancada", mas para o alívio de todos a bordo tudo deu certo, todos desembarcaram.
Após a parada da aeronave alguns passageiros descontentes dirigiram palavras ofensivas ao Comandante da aeronave.

A visão de um leigo: Depois de mais de anos viajando de avião 2 vezes por ano acabei perdendo o receio para tal. Algo que para muitos pode não ser nada, para mim, um leigo no assunto, foi muito, e de algum modo, agora guardo um receio para a minha próxima viagem de avião que já tem data marcada. Ocorrerá em Julho, para Vitória, pela TAM, com conexão em Congonhas e sim, estou com medo, até porque um avião da TAM em Congonhas não me causa boas recordações.

Nossa visão: Olá, caro viajante. Tá certo que isso não é bem agradável para muitos, mas na minha visão, existe uma explicação (pode não ser a correta, mas é a que acredito que seja): Em toda aproximação a aeronave precisa descer até uma certa altitude até um certo ponto, estipulada em cartas aéreas. Esse ponto seria o início da aproximação final, que é onde a aeronave está, de certa forma, já alinhada com a cabeceira executando sua descida afim de executar o pouso. Acho que, por diversos motivos, a aeronave não executou a descida a tempo e para isso teve de incrementar sua razão de descida (o quanto a aeronave desce por minuto). Dá uma lida neste artigo, onde falo sobre uma aeronave descendo com uma razão de descida fora do normal. 
Voltando a Congonhas, deve ter acontecido uma descida elevada para que a aeronave ou chegasse ao ponto aqui citado na altitude certa, ou para que a mesma chegasse no alinhamento com a cabeceira, na altitude correta para continuar com o pouso. Com o aumento da razão de descida da aeronave, a mesma ganha velocidade, e para não exceder, a manete de potência é levada para trás. 
Descida feita, altitude e velocidade estabilizados, volta a manete a frente para que desta vez, o avião não perca velocidade (se isso ocorresse garanto que seria pior).
Em relação a pancada, sabemos que a pista de Congonhas é curta possuindo apenas 1940 metros de comprimento, então, vamos relevar né, se você quer a aeronave totalmente parada sem passar a pista é melhor por a máquina no chão logo sem muito enfeite... parece ser bem mais seguro né? rs

Então é isso, jovem. Esse é o meu ponto de vista, passando longe do que se pode ter ocorrido de fato, mas penso que tenha acontecido assim. O que importa é que tudo correu bem e não precisa ter medo, os aviões são bem seguros e são capazes de pousar em Congonhas também de maneira segura. 

Por fim, lhe desejo uma boa viagem e que nos traga mais histórias para expormos na Visão de um leigo!

Por: Gabriel Solino e Laerte Vasques

Laerte Vasques

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